Japanese web design: weird, but it works. Here's why

O design de websites japoneses é frequentemente descrito como peculiar, mas funcional. Uma comparação entre os sites do Yahoo dos Estados Unidos e do Japão revela grandes diferenças visuais, mesmo que ambos tenham o mesmo propósito. Isso levanta questões sobre a influência da psicologia no design, a lentidão de algumas inovações no Japão e como isso afeta sociedades de baixo contexto. Esta análise é baseada em opiniões pessoais e pesquisas, sem generalizar culturas.

A Necessidade da Complexidade e a Aversão à Incerteza

O design complexo em sites japoneses é necessário devido ao conceito de "Anzen", que busca evitar surpresas indesejadas, oferecendo segurança. Isso é apoiado pelo estudo das dimensões culturais de Hofstede, onde o Japão tem uma pontuação de 89 em aversão à incerteza, comparado a 46 dos EUA. Por isso, websites japoneses priorizam a inclusão de muitas informações para aumentar a confiança e reduzir a incerteza.

Exemplos de Complexidade em Outros Contextos

A complexidade não é exclusiva de sites japoneses. Um exemplo é um cardápio de refeitório japonês com fotos e informações detalhadas de cada prato. Isso, assim como os sites, busca dar segurança sobre o que será recebido. A diferença entre culturas de baixo e alto contexto também é abordada, mostrando como a comunicação difere em cada uma.

Cultura de Baixo vs. Alto Contexto

Em culturas de baixo contexto, como os EUA, a comunicação é direta e explícita, enquanto em culturas de alto contexto, como o Japão, a comunicação é mais implícita e sutil. A necessidade de informação em sites japoneses é uma combinação da busca por segurança e um estilo de comunicação de alto contexto. Esse fenômeno se estende a softwares chineses, que também priorizam muita informação, mesmo em detrimento de uma interface limpa.

Conveniência e "Taíjin Kyofusho"

A conveniência tem significados diferentes em culturas distintas. Para usuários japoneses, a conveniência é medida pela quantidade de inconvenientes evitados a outras pessoas, ao invés do tempo ou esforço economizado. Este conceito está ligado ao "taíjin kyofusho", um medo intenso de que as ações de uma pessoa desagradem ou ofendam os outros, o que pode levar a ansiedade e fobia social.

Fricção e Experiência do Usuário

Na experiência do usuário (UX), "fricção" refere-se à dificuldade de um usuário ir de um ponto A para um ponto B. Ao projetar para o mercado japonês, a Amazon teve que redesenhar a experiência do usuário para adicionar mais informações, criando mais fricção. Isso foi aceito, pois se descobriu que usuários do leste asiático conseguem processar informações complexas mais rapidamente do que norte-americanos.

Teclado Japonês e Inovação em Hardware

Um exemplo é o teclado japonês que oculta caracteres dentro de outros caracteres, mas que ainda permite que pessoas digitem rapidamente. Isso exemplifica que, no Japão, mais informações são aceitáveis, mesmo que isso signifique maior fricção. Parte da lentidão em adotar novas tecnologias em software é que o Japão considera o hardware como algo de primeira classe, pois pode ser visto e tocado, enquanto o software é visto como algo de segunda classe.

Mudanças e Perspectivas Futuras

O vídeo encoraja a análise de conteúdo com uma visão da cultura e psicologia, considerando o público-alvo, religião, gênero e cultura. Compreender o design por trás dos produtos nos ajuda a ser menos reativos e, para designers, é fundamental considerar a cultura ao criar algo. O vídeo conclui que para trabalhar melhor com todos, é preciso entender perspectivas e ideias diversas.

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